Palpites, palpites...para quê os quero???

26/03/2015 14:00

Virar mãe instantaneamente te torna um receptáculo de palpites, dicas e toda sorte de opiniões, vindas de vários meios: amigos, familiares, conhecidos, desconhecidos, livros, programas de tv, artigos e por aí vai...

Faço parte de 3 grupos de mães no facebook,  no menor deles conheço todas pessoalmente (uma delas há 14 anos), temos cumplicidade e trocamos nossas experiências ao vivo, inclusive, uma vez por semana. Nos outros, a maioria é de completas desconhecidas que se tratam como vizinhas e compartilham o quê?  Dicassssss, isso mesmo, com bastante "s", tipo o som que aquele réptil que se arrasta faz, porque sempre tem por lá algumas mães perfeitinhas que não perdem a oportunidade de criticar uma às outras...e eu só observando!

Dia desses uma compartilhou uma coisa lá no maior grupo,  era um artigo de uma publicação super conhecida, que existe há anos...li e não aguentei, tive que opinar! Pois bem, o título do artigo era "Castigo para pensar nem pensar!", até aí tá, né...o problema é que a autora colocava essa história de deixar a criança no cantinho "pensando" como um recurso para os pais terem uns minutos de sossego, oi?!?!?!? Que mãe que consegue relaxar depois que seu filho bateu na irmã,  cuspiu a comida/remédio no chão e deu um tapa bem estalado na cara da avó??? Bom, alguém me apresenta porque não conheço...ficamos ressentidas, aborrecidas e pensando "onde foi que errei?", não tipo "fica aí que eu quero ver a novela" (só ver porque ouvir com a choradeira não dá!).

Eu sou da opinião que colocar a criança lá no cantinho esfria (e muito!) os ânimos, principalmente o dos pais, dá tempo de pensar no que fazer, dizer e ensinar, e pode ser feito bem cedo sim! Ora, uma hora você terá que fazer, e não fica pensando "ai, mas é muito pequenininho..." que você piscou e o tempo passou...

Além do que considerei ser uma pérola, tinha mais! O artigo também chamava as supernanies de "adestradoras de crianças", coitadas...acho então que deveriamos trocar o nome das professoras para "adestradoras" também!  Pode ter certeza de que se você não "adestrar" (educar) seu filho o mundo irá fazê-lo, e será da maneira mais difícil e dolorosa possível, como já diziam os nossos pais: "não aprende pelo amor, aprende pela dor". Achei que a autora confundiu o "impor limites" com "adestrar".

Não estou defendendo castigo físico e psicológico, estou defendendo um "esfriamento de ânimos" via "fica aí um pouquinho, meu bem, uns segundos/minutos, depois a gente conversa, tá!", simples assim...começa com o bebê chorando, berrando...e dói na gente, mas, à medida em que ele começa a falar vamos explicando o porquê e por aí vai. Gente, não tem como, sempre vai ter um tanto de lágrimas! Ah, sim, o artigo também defende que não devemos deixar as crianças chorando, isto é muito traumático e prejudicial pra criança (???)

Para concluir, escrevi nos comentários que discordava, da maneira mais respeitosa possível para não polemizar, resumi os motivos que citei aqui e arrematei com um "coitada da professora que pegar uma turma só de crianças cujos pais seguiram ao pé da letra isso aqui!", e tinha mais! Na conclusão do artigo estavam dois depoimentos de mães que não faziam isso...só que não! A última mãe descreveu que, quando os filhos brigavam, os deixava cada um em seu quarto, mas o quê??? Deve ter alguma palavra por aí, bem bonita, para substituir a palavra "castigo" que é tão feia, né! O fato é que esta nobre mãe acabou, praticamente, com o artigo...

Fechei meu comentário citando a importância de lançarmos um olhar crítico a tudo que lemos e ouvimos (filtrar informações), pois bem, isto serve inclusive para este blog que vos fala!!!